domingo, 29 de maio de 2011

Conselho aos novos navegantes, nos “mares” do mercado de trabalho

Vivemos em um momento de mudanças constantes, principalmente em função da revolução tecnológica. Para que o estudante ou mesmo o profissional já inserido no mercado de trabalho possa sobreviver, é preciso que se efetive um processo de educação continuada, em que as pessoas, de todas as idades aprendam a aprender.
A sociedade deve se dar conta que precisamos ser eternos estudantes, pois os empregos diminuem, mas a concepção de trabalho persiste à margem do desenvolvimento tecnológico, das novas necessidades que surgem a cada dia.
Os formandos, ao ingressarem no mercado, não devem apenas procurar trabalho, precisam procurar emprego, clientes ou projetos, procurando seguir de forma coesa os pilares da empregabilidade e é dentro dessa nova cultura que ele poderá manter-se empregável.

Relacione-se melhor e ganhe um novo emprego

Todos os problemas da humanidade, são ou deveriam ser resolvidos através da socialização com dos seres humanos, só dependendo única e exclusivamente de nossas escolhas, cultivando boas amizades, sabendo localizar onde estão essas pessoas. A vida social saudável deve ser regada diariamente através de ações simples, como sermos prestativos, solidários e atenciosos. A educação em cumprimentar as pessoas, lembrar delas é um investimento no capital social, não podemos ser indiferentes, devemos combater a indiferença e a frieza social. É necessário ampliar o nosso relacionamento social com atitudes de valorização, de preocupação com as outras pessoas.
O networking, que significa “teia de relacionamentos”, ou “rede de contatos”, nada mais é que o cultivo da socialização, ou seja, as pessoas com quem você vai se relacionando e construindo uma cadeia de entrosamento, que é constituída por pessoas que fazem parte das nossas relações pessoais e profissionais, que tiveram a oportunidade de nos ver atuar no “cenário profissional”. Podem ser ex-empregadores, ex-chefes e/ou colegas de trabalho, fornecedores ou clientes, membros de associações, etc.
Pesquisas comprovam que o networking é a principal fonte de recrutamento, pois os profissionais informaram que obtiveram seus últimos empregos por indicação de amigos, além disso, os próprios recrutadores utilizam-se desse meio.
Uma rede de contatos ativa no mercado, pode fazer com que o profissional obtenha informações privilegiadas antes dos demais, por isso o networking aumenta a possibilidade de empregabilidade, pois em alguns casos, o contato pode estar diretamente ligado a contratação.
Por isso, passe a cultivar relacionamentos e amplie seu círculo social, pois poderá com isso, adquirir amizades saudáveis que no futuro poderão te oferecer um amplo apoio social e por que não dizer, profissional.

O profissional frente aos novos desafios do mercado

Há algum tempo atrás, um bom profissional era aquele que conhecia bem o seu trabalho e suas atividades restringia-se a sua função. Esse trabalhador entendia de um único assunto e passava muito tempo em uma única empresa, ele era chamado de especialista. Depois, devido a novas exigências do mercado, as empresas passaram a valorizar aquele funcionário que entendia um pouco de tudo e que possuía vasta experiência em várias empresas, os generalistas. Atualmente, as organizações buscam um outro tipo de profissional, mais completo, o que seria os especialistas-generalistas, ou seja, um colaborador que saiba muito sobre muitas coisas.
Estar sincronizado com o mercado significa dizer que o profissional que queira ter sucesso deve possuir alto poder de comunicação, obsessão por resultados, flexibilidade, capacidade de improvisar, criatividade, paixão por aprender, intuição e conhecimento em várias áreas. Podemos dar como exemplo um profissional de administração; para que ele possa destacar-se e ingressar nas novas exigências do mercado, será preciso que ele saiba sobre psicologia, recursos humanos, informática, marketing e muito mais, pois quanto maior o seu leque de conhecimento, maior será sua versatilidade e capacidade de atender as novas necessidades que possam surgir.
Para que um profissional aumente a sua empregabilidade é preciso estar apto do ponto de vista técnico, gerencial, intelectual, humano e social para que possa solucionar problemas cada vez mais específicos. Manter-se informado é de vital importância, pois as pessoas que possuem conhecimentos de tecnologias recentes, sempre estarão em vantagem.

Mas afinal, o que é EMPREGABILIDADE?

O termo empregabilidade surgiu na década de 90 e podemos dizer que é a qualidade que o indivíduo tem de estar em sintonia e sincronizado com as exigências do mercado de trabalho. Nos Estados Unidos, equivale a employability: a condição de dar emprego ao que sabe, a habilidade de ter emprego.        
Em um conceito mais amplo, empregabilidade significa o conjunto de competências e habilidades necessárias para uma pessoa manter-se colocada em uma empresa, é a capacidade de conquistar e de manter um emprego de maneira sempre firme e valiosa. E como a natureza do emprego está mudando rapidamente, essa capacidade deve necessariamente incluir flexibilidade e inovação da pessoa para acompanhar essa mudança irresistível. O emprego está se tornando temporário, parcial, fugidio e passageiro. Mais do que isso: multifuncional, flexível e mutável, (Idalberto Chiavenato, 1999).

Dificuldades de mercado para os profissionais

dificuldades-profNeste mercado de elevada competitividade, apenas os conhecimentos técnicos não fazem mais a diferença. O profissional de qualquer área precisa implementar o seu marketing pessoal e saber como captar clientes para seu consultório, restaurante, clínica, academia, empresa, clube, spa, hotel, etc.
É comum observarmos profissionais motivados abrirem seus consultórios e, após alguns meses, perderem a motivação devido à falta de clientes. Na grande maioira das vezes, não sabem como captar e manter clientes para o seu empreendimento.
Não raro encontramos profissionais, recém formados ou até mesmo graduados à vários anos, com dificuldades de se apresentarem, de falarem de si e da sua profissão. Isto reflete na baixa credibilidade do profissional, levando à falta de reconhecimento da profissão e do baixo retorno financeiro. 
Por outro lado, sabe-se que quando existem habilidade de comunicação, boa apresentação pessoal, poder de convencimento e maiores conhecimentos e aplicações dos conceitos de marketing, os resultados são mais satisfatórios.
Os profissionais precisam fazer mais e melhores negócios para si e para a sua empresa, bem como ser mais competitivos e fazer a diferença no mercado.  
O empresário que contrata um profissional de qualquer área não está preocupado com os conhecimentos técnicos deste e sim se o mesmo irá trazer retorno financeiro para a organização.
Infelizmente os profissionais não estão devidamente preparados para este cenário, permitindo que outros ocupem, a cada dia mais, o seu espaço.
Pense nisso e procure, desde já, fazer a diferença!

sábado, 28 de maio de 2011

Ética na Empregabilidade

De importância fundamental na vida do ser humano, trago à discussão, a importância da ética na carreira de qualquer profissional que queira desenvolver uma consciência do que deve e/ou não deve ser feito, seguindo as regras do politicamente correto e levando em consideração que nossas ações, quando realizadas de forma prejudicial, pode gerar o caos individual, que afeta apenas a nós mesmos, ou uma ação, mais devastadora, que pode prejudicar um número maior de pessoas ou até mesmo a organização a que pertencemos.
Fazendo um link direto com a disciplina Filosofia, Ética e Desenvolvimento Humano, mostrando um pouco da interdisciplinaridade do estudo junto a empregabilidade, veremos que a ética está diretamente ligada aos valores do bem e/ou do mal. No sentido etimológico, significa a maneira como o indivíduo organiza a sua vida.
O profissional deve desenvolver antes de tudo a consciência moral, ou seja, deve aprender a analisar a sua própria conduta, pois deve estar sempre revendo as suas ações.
O gestor, poderá utilizar esses princípios, para deixar claro, a todos os colaboradores a forma de pensar da organização, deixando transparente o equilíbrio entre direitos e deveres, criando um clima onde todos possam se relacionar bem, tendo consciência de que todos pertencemos a um único meio.
O filósofo Sócrates, afirmou que o ser humano que não agi eticamente, desconhece a virtude e ignora o bem e a essência humana.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Fazendo acontecer...

Ser proativo e solucionador de problemas é o bastante hoje em dia? E por que não criar profilaxias processuais? Podemos aplicar essa “vacina” primeiramente em nós mesmos, nos preparando através das diversas fontes de conhecimento existentes, antevendo problemas futuros. O profissional deve buscar antes de tudo, fazer o máximo de esforço para que os problemas sejam evitados.
O conhecimento nunca é de mais, não quer dizer que necessariamente precisamos saber sobre tudo, mas quanto mais aprendermos, maiores são as chances de evitar conflitos, divergências e situações improdutivas ou desinteligentes.
Quando falo sobre aprender e buscar conhecimento, não me refiro apenas a assuntos técnicos e teóricos da profissão, entendo que é importante o entendimento emocional, religioso, pois um bom profissional se faz da fusão de tudo que ele aprende ao longo de sua vida e é preciso desenvolver essa percepção, para enxergar o colega de trabalho, o subalterno ou o chefe como ser humano, sujeito a acertos e erros.
O diferencial que pode nos gerar um cargo melhor, pode estar ligado a um ou vários diferenciais que conquistamos ao longo de nossa formação profissional.
Uma situação financeira estável, uma qualidade de vida excelente, pode depender do que plantamos no início da nossa carreira e porque não dizer, da nossa formação acadêmica.
Um curso de idioma, seminários e outras atividades que nos ofereça qualificação podem nos render frutos no futuro, fazendo com que sejamos escolhidos, numa digamos, divisão de seleção, onde o perfil dos candidatos é parecido e atende a necessidade de uma determinada instituição, ou até mesmo em uma promoção e principalmente no plano de carreira.
O que na verdade quero dizer é que precisamos ser empreendedores de nós mesmos, investindo no que for possível para que possamos criar colunas de sustentação em nosso conhecimento e conseqüentemente, em nossa carreira, pois a vida profissional depende disso. Então, faça acontecer e chegue na frente!

Uma mensagem de Superação

terça-feira, 17 de maio de 2011

O IDEAL E O REAL NA FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR

O presente artigo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada em IES particulares que ministram o curso de administração, tendo como finalidade conhecer melhor os aspectos do processo de formação do administrador, identificando elementos do contexto social, especialmente do mercado, e da legislação educacional, que delineiam o perfil de profissional egresso desse curso, verificando a correspondência entre esse perfil desejado e as práticas curriculares e pedagógicas desenvolvidas nessas instituições.
O ensino da administração por muito tempo proporcionou a formação de profissionais prontos e acabados para o atendimento das demandas de mão de obra qualificada, que pudesse fazer frente ao desenvolvimento industrial do país. Ao longo dos anos, o modelo de ensino tecnicista, estritamente voltado para a formação de profissionais, com profundo conhecimento técnico, prevaleceu nos projetos pedagógicos das instituições formadoras, garantindo assim, a ocupação, pelos profissionais recém formados, dos postos de trabalho então oferecidos. O fenômeno da globalização, a reestruturação produtiva, a reordenação econômica mundial e as mudanças em torno das concepções de trabalho e emprego, entretanto, passaram a exigir das instituições de ensino superior, constante readequação de seus projetos pedagógicos, visando formar profissionais para as novas demandas e necessidades requeridas pela sociedade e pelo mercado de trabalho, implicando em novas competências e habilidades. Os novos modelos de formação baseados em habilidades e competências deixam de lado a capacitação centrada na superespecialização, e passam a privilegiar a formação generalista, de múltiplas habilidades e constante adaptabilidade às mudanças.
Em se tratando de ensino superior, há que se considerar que uma formação meramente tecnicista, de certa forma, aniquila os ideais acadêmicos de produção do conhecimento e reduz a graduação à condição de terceira etapa da educação básica. Por outro lado, não há como fugir da nova realidade, caracterizada por mudanças permanentes, a exigir dos profissionais constante aperfeiçoamento e desenvolvimento. Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais abandonam a idéia de adoção de um currículo mínimo para a formação do administrador, que até então proporcionava a formação para um trabalho especializado, dá flexibilidade às instituições de ensino superior para elaboração de seus projetos pedagógicos, visando viabilizar a implantação de novos cursos que privilegiem a formação baseada em competências intelectuais e múltiplos perfis profissionais, para o atendimento das demandas sociais e a dinamicidade do mundo do trabalho. As novas orientações curriculares, no entanto, encontraram boa parte das instituições de ensino de administração em condições organizacionais e pedagógicas insuficientes para atender às propostas de inovação oferecidas. As instituições investigadas, de maneira geral, têm procurado adaptar seus projetos pedagógicos, à orientação geral e à flexibilidade curricular prevista nas Diretrizes Curriculares Nacionais, principalmente no que se refere à organização dos cursos. Entretanto, os planos de ensino destas instituições ainda privilegiam o estabelecimento de objetivos quantificáveis, valorizando a formação conteudista e mecanicista. Numa apreensão de conjunto, observou-se que a adequação dos cursos às Diretrizes é um procedimento meramente formal, não tendo ocorrido mudanças de fundo nos currículos e nas metodologias, sem, alterar, portanto, o perfil formativo antigo. Com efeito, as práticas pedagógicas ainda são em sua maioria baseadas em modelos tradicionais de ensino, com aulas expositivas, cujos conteúdos, na maioria das vezes são repassados aos alunos, pelos professores, de maneira positivista, abrindo-se pouco espaço para discussões e reflexões. Há que se considerar que esforços isolados existem e são colocados em prática com o intuito de mudar a aula, tornando-a mais participativa, interessante e motivadora. No entanto, pode ser considerado como exceções à regra e, em linhas gerais, não são vistos como práticas inovadoras. A pesquisa indicou que a formação do administrador nas instituições investigadas ainda não atende os ideais previstos nas diretrizes curriculares, em face de fatores relacionados à metodologia de ensino e comprometimento com o processo de aprendizagem por parte dos acadêmicos.
 Repensar ações organizacionais e pedagógicas parece ser um grande desafio para as instituições objeto da pesquisa e, provavelmente, um bom número de instituições do país. Professores e alunos devem estreitar seu relacionamento no sentido de conduzir o processo de ensino e aprendizagem em uma via de mão dupla, privilegiando a troca de informações e o desenvolvimento do pensar crítico e reflexivo em torno dos conteúdos que são abordados no contexto da sala de aula. Os métodos tradicionais de ensino, com aulas expositivas, embora bastante eficazes em termos de transmissão de conteúdo se o professor for bem preparado, deixam pouco espaço ao estudo ativo e à produção do conhecimento pelo aluno. É necessária a introdução de métodos mais inovadores, baseados em atividades de ensino que levem ao desenvolvimento do pensamento teórico e à participação dos alunos, integrando-os num processo em que os alunos sejam parceiros na busca do conhecimento. Professores e alunos precisam desenvolver um trabalho de equipe, onde o professor seja o mediador do conhecimento para auxiliar o aluno a estabelecer uma relação cognitiva ativa com esse conhecimento, que é o próprio processo de aprendizagem. Nessa perspectiva, torna-se possível articular os esforços de alunos e professores no sentido de auxiliar a instituição na revisão de seus projetos pedagógicos e adequá-los aos perfis preconizados. Em meio a essas considerações, cumpre ressaltar a importância da pesquisa, enquanto componente inseparável da administração.
Texto de Orlando Rodrigues - Site Administradores.